A hepatite viral vem aumentando sua incidência nos últimos anos. Em contrapartida, neste mesmo período houve uma melhora na interpretação dos exames complementares assim como surgiram novos exames para auxiliar no diagnóstico e conduta dos infectados.

A Sociedade Brasileira de Hepatologia apresentou um consenso sobre o diagnóstico e conduta nas infecções hepáticas pelo vírus tipo C, que ressalta a importância dos exames complementares para o diagnóstico da infecção pelo HCV. Inicialmente, deve ser realizada a pesquisa de anti – HCV pelo método ELISA II ou III e a confirmação deve ser feita pela determinação qualitativa do RNA do HCV. Nos pacientes em que não foi observado RNA do HCV, mas que possuam fatores de risco para infecção por HCV é recomendada a repetição do exame em 6 meses para validar a ausência de viremia.

Paciente imunossuprimidos (usuários de drogas ilícitas injetáveis, indivíduos transfundidos antes de 1993, profissionais da saúde com exposição ocupacional documentada, parceiros sexuais de portadores dom HCV, pacientes transplantados antes de 1993, pacientes em hemodiálise, pacientes com HIV e pacientes com alterações de aminotransferases) a detecção do RNA viral deve ser solicitada independentemente do resultado do anti-HCV.

O Diagnóstico da hepatite aguda pelo HCV é confirmado em pacientes com detecção da RNA do HCV e o anti- HCV inicialmente negativo ou quando houver soroconversão.
A genotipagem é fundamental para avaliar a orientação terapêutica dos portadores de hepatite C crônica. As formas mais freqüentes observadas no Brasil (genótipos 1,2 e 3) apresentam condutas diferentes para cada genótipo. A carga viral deve ser realizada, de um modo geral, antes do início do tratamento e 12 semanas após. Entretanto é imprescindível para avaliação da carga viral que a técnica da quantificação do RNA seja padronizada expressa em valores absolutos. Naqueles em que só houve queda da carga viral neste período e não houve negativação do RNA HCV deverá ser realizada determinação qualitativa do RNA na 24ª semana, e se positiva o tratamento deve ser interrompido.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hepatologia. Laboratório Alvaro.